dc.description.abstract | A actual crise económica colocou a nu a urgência de repensar a dimensão ética do Mercado e das instituições públicas. A privatização e a desregulamentação da economia, advogadas pela corrente neo-liberal como solução, ainda que parcial, para a redução das estruturas de oportunidade potenciadoras da corrupção, foram mal sucedidas neste propósito, acabando mesmo por gerar efeitos contrários aos desígnios iniciais. Num contexto de rápida transformação das relações entre o Estado e o Mercado, a sociedade civil é, por vezes, entendida como fonte de um determinado capital social positivo, consubstanciado em normas de reciprocidade e em relações sociais sedimentadas na confiança, mas também de um capital social negativo capaz de distorcer o funcionamento da economia e da política. Nesta colectânea, Luís de Sousa e os seus colaboradores abordam estes temas através de uma perspectiva teórica inovadora, apresentando uma análise empírica de dados originais, obtidos através do European Social Survey e de outras importantes bases de dados, respeitantes às atitudes e práticas dos cidadãos europeus face à moralidade económica. | en |